sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Musical "Thriller Live" ganha montagem no Brasil

Adrian Grant, com a biografia de sua autoria, e Michael Jackson, em 1994
MARCOS GRINSPUM FERRAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



As cenas poderiam ser de um reality show de TV como "American Idol", "Ídolos" ou "Astros". De um lado os candidatos, um tanto tensos, tentando provar seu talento; de outro, um júri atento, de não muitos sorrisos.

Só que, diferentemente do que ocorre nos programas, ninguém podia dançar e cantar a música que escolhesse, a que caísse melhor para seus movimentos e tons de voz: todos tinham que interpretar Michael Jackson (1958-2009).

Foi assim que foram escolhidos em São Paulo cantores e dançarinos para compor o elenco de "Thriller Live", musical britânico que retrata a trajetória artística do ídolo pop.

Após circular por mais de 20 países, a montagem chega ao Rio e a São Paulo no segundo semestre, com data e locais ainda a confirmar.

Entre cantores e dançarinos, a produção brasileira recebeu cerca de 2.800 inscrições, das quais 700 foram selecionadas para a etapa final.

O diretor Adrian Grant --amigo de Jackson que teve o aval do cantor para montar o espetáculo-- era um dos rostos sérios que acompanhavam a seleção. O resultado, afirma, foi surpreendente.

Cenas do musical "Thriller Live" na montagem original britânica

DANÇARINOS DO BRASIL


Pela primeira vez desde a estreia oficial em 2007, em Londres, nenhum dos dançarinos do elenco original de West End (a Broadway britânica) precisará sair de casa.

"O nível dos brasileiros é fantástico, e eles trarão uma grande energia para a produção", disse Grant, que escolheu 16 dançarinos entre os concorrentes.

Um deles foi Eric Santos, 26, que começou sua formação em um projeto de dança de rua em Santos. "Eu fui tranquilo para a seleção porque não acreditava que ia passar. Queria apenas poder conhecer o Grant e o [coreógrafo] Gary Lloyd", diz.

Quando saiu o resultado, "foi como a sensação de ganhar o Oscar, ou levar R$ 1 milhão no 'BBB'".

No caso dos cantores, a situação foi um pouco mais difícil, dada a pronúncia e o sotaque dos brasileiros.

Ainda assim, dois dos cinco cantores que interpretam o ídolo no musical foram escolhidos aqui, e a produção busca no país a criança que representará o pequeno astro do período dos Jackson Five.

"Nós não procuramos pessoas que o imitem com perfeição, mas gente que tenha um 'feeling' pela suas canções. Queremos apenas honrar a sua música."

Neste ponto, Grant reafirma o que diz ter sido sua grande motivação para criar o espetáculo: tirar a atenção das polêmicas que marcaram a vida de Jackson e focar no que realmente importa, "sua genialidade artística".

"Começamos a produção em 2006, com ele ainda vivo, querendo que as pessoas se voltassem para sua música, não para as manchetes escandalosas e exageradas que o envolviam. E é isso que o show faz", ressalta.

"Infelizmente, parece que só depois da triste morte de Michael a mídia voltou a falar de sua música e passou a respeitá-lo novamente."

Com cerca de duas horas e meia de duração, "Thriller Live" percorre cronologicamente a vida de Jackson, usando música e dança, sem se ocupar do aspecto pessoal.

Parceria da Broadway Brasil com o Future Group, o espetáculo terá investimento de cerca de R$ 7 milhões, para, segundo os produtores, manter a mesma infraestrutura com que o musical foi apresentado nos palcos ingleses.

Fonte: Folha.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

1-Este blog aceita comentários que sejam específicos, ou em diálogo com as postagens correspondentes, conteúdo fora do contexto da mensagem correspondente poderá não ser publicado.

2- São vedados comentários com conteúdo de pregação ou proselitismos de doutrinas específicas de igrejas cristãs, ou qualquer outra religião,salvo quando estes se referirem à crítica de uma postagem principal em concordância ou discordância da mesma, devidamente fundamentados.

3-Conforme art. 5º, IV da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

4-Todo conteúdo dos comentários será avaliado, sendo reservado o direito de não serem publicados, os comentários, caso seus fundamentos sejam ofensivos ou desrespeitem o direito dos homossexuais.