domingo, 11 de dezembro de 2011

CURSO INTENSIVO DE FLORA PASSIVA - II


Nosso curso de flora passiva está bombando, gatas! Dessa vez, batemos o nosso recóóórde e recebemos o incrível retorno de 1 mail e meio – porque o segundo veio truncado...

Em homenagem a esse retumbante sucesso, Mama resolveu continuar o curso, depois de uma semana regada a antidepressivos e calcinhas usadas por não saber se haveria novas inscritas.

Felizmente, a curiosidade pela tipologia passiva é única no Brasil. Afinal, ninguém quer levar gato por Mulher Melancia pra casa, não é? Então, vamos em frente que atrás vem gente... E bem fundo! Ui!

 

3. AS EGÍPCIAS

Antes de tudo, Mama precisa dizer que não tem absolutamente nada contra nossas amigas que são mais donzelas. Nem poderia, já que eu mesma sou uma, right?

Então, se estamos todas de mãos dadas na nobre causa de DAR alento aos pobres bofes carentes de, digamos... Expressão oral... Não será o fato de que algumas de nós gostam de levar sua mulher interior para passear algumas vezes – 7 dias por semana – que romperá as algemas cor-de-rosa e emplumadas que nos mantêm unidas.

No entanto, é verdade que é sobretudo entre as damas que encontramos este que é um dos tipos mais odiados entre as passivas. Numa flora habitada por rosas, orquídeas, tulipas, azaleias, margaridas e petúnias, elas estão mais para um jarro-titã (http://tinyurl.com/d9kwayr): são chatas, presunçosas, perturbam o ambiente, cobrem as fragrâncias das demais e ainda depõem contra o nosso lindo jardim. Estou falando das egípcias.

Se, como a Mama, você está acostumada ao jargão gay, já entendeu o que elas fazem. “Fazer a egípcia”, nós sabemos, é dar carão. É isso que elas fazem: viram o pescoço como as gravuras das pirâmides, olhando com desdém para as demais, sem o mínimo de comprometimento com a união pela nobre causa.

Na sauna, são as que entram de sunga e camiseta e fazem cara de azedo para qualquer um que cruze seu caminho, as sobrancelhas arqueadas como numa aplicação de botox. Nervosas, não conseguem parar no lugar e não param de abrir as portas procurando um príncipe que nunca chega – e tornando os exercícios das demais menos... Quentes.

Na buátchy, são as que se unem para criticar o modelito e o excesso de gostosura da colega ao lado, enquanto se esforçam para dançar com o bumbum arrebitado e as mãos delicadas em garra, fazendo um uso invejável do músculo adicional e flexível no pescoço, que as faz bater cabelo mesmo quando não os têm. No sex club e no cinemão, são as que entram com cara de nojinho (by Pôneis Malditos) e destratam, inclusive, os ocós que, tomados de coragem, delas se aproximam.

Mama nunca entendeu o porquê desse comportamento de desprezo, mas observou duas verdades incontestes sobre as egípcias. A primeira é que elas são, como os jarros-titã, inflorescências: andam sempre juntas, em grupo, e não se separam nem nas raras horas de caçar, no melhor estilo “pague uma, leve duas”. A segunda é que, ao contrário das famílias dos verdadeiros faraós, são absolutamente contra prestar uma mãozinha amiga às irmãs, e, assim, perto do fim da festa, lançam-se sedentas aos darkrooms e outros lugares escuros, deixando de lado a nobreza e se dedicando a uma autêntica democracia, onde ENTRA qualquer um. Afinal, como diz o ditado, a boca mama aquilo de que está cheio o coração (ah, não é esse o ditado?! Bobage!).

Por isso, dica da Mama: femininas, sim. Egípcias, nunca. Por que não se mirar nos exemplos das gregas, romanas e babilônias? Vênus ou Afrodite tinha filhos e sexo com bofescândalos e era uma deusa voluptuosa do amor – nasceu até de um “leite tipo P”, lançado ao mar, olha que delícia. Ishtar era a deusa da fertilidade, tinha prostitutas sagradas – nossas ancestrais! – como sacerdotisas e ganhou até um portão que era um luxo! Mas a Ísis egípcia, tadinha, vivia chorando o marido esquartejado...

 

4. OS BOFES-PANQUECA

As mais desavisadas entre nós confundirão essa espécie com as falsas ativas, mas abra o olho, meu bem, porque a diferença é sutil como uma trama de tule ou organza. Ao contrário das falsas ativas, os bofes-panqueca não têm a pretensão de se passarem pelo que não são.

O problema é que eles são, à primeira vista, bofes. Aí, já viu o doce, né? A senhora vai bunita caçar um deles e, como é uma moça de família quase boa, fica com receio de perguntar o que eles verdadeiramente curtem – bom, mas eles são tão másculos, fortes, têm a voz tão grossa e macia, as mãos grandes e um pernil suculento que não resta dúvida: só podem ser como os guerreiros vikings, loucos para COMER carne.

E eles estão mesmo, gata – mas o bife que eles buscam é o mesmo que a senhora, e naquela grelha só entra coxão DURO. O pior é que a senhora geralmente descobre isso da pior forma: quando sai do banheiro do motel, depois de retocar a maquiagem, dá de cara com o “ex-bofe” já devidamente virado na panqueca – bateu na cama, virou! –, nua, com a bundinha pra cima, pronta para envolver o que a senhora usa pra fazer xixi (afinal, nós, que somos phynas, não “mijamos”, né...).

Tsc-tsc...

Aí, não adianta reclamar, querida: ou a senhora comparece, ou fica malfalada. Por isso, dica da Mama: não se engane com qualquer bofe achando que, por parecer bofe, só por isso vai penetrar o seu... Errr... Âmago.

Pergunte, ou procure saber de forma indireta, mas procure saber. Há muitas bees femininas que são ativas e dominadoras! E, caso se depare com um bofe-panqueca na catalogação e a senhora for passiva convicta, seja educada e dê a entender, phynamente, que não come panqueca no jantar porque está de dieta para manter o shape...

Mais: Curso Intensivo de Flora Passiva - I

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