quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hitler, o verdadeiro cristão!



Quando pensamos em grandes atrocidades, por preconceitos estabelecidos, associamos as mesmas aos critérios da maldade, do feio, do grotesco. Bom e belo/ mau e feio são dicotomias do pensamento ocidental platônico-maniqueísta. No conceito estético da sociedade ocidental, o belo é uma ideia remetida na pureza, de ordem divina. Claro que ela se estabelece, no conceito, a priori, desassociado da percepção sensitiva, sensorial, muito mais acompanhada a lucubração, às ideias ao absoluto universal.

Contudo, o critério de harmonia e perfeição são estigmas sociais que, antes de ser uma reflexão que desvenda o todo em sua beleza, taxam determinados comportamentos sem, de fato, inquiri-los. Assim, a maioria do ocidente, quando pensa em Hitler, pensa em um homem feio, mau, sem caráter, inescrupuloso. Entretanto, Hitler tinha caráter e escrúpulos e, muito embora ninguém o perceba assim, ele tinha uma religião. Hitler era cristão, e mais, embora católico romano, ele era fervoroso leitor de LUTERO!

Quando as pessoas acham que algo lhes faz bem, aquele algo é imediatamente auferido como bom, quando, o contrário estabelecem o conceito do mau. Muitos cristãos não refletem em suas ações, por julgá-las corretas e boas, e não conseguem associar Hitler como cristão, ainda que ele cumprisse na sua agenda uma ação predominantemente cristã. Tudo isso porque para um cristão a sua fé jamais será má, ou feia. O conceito último do cristão é que sua fé é boa e pura, não há maldade nela, só o bom, o belo.

Hitler quando deu início a sua agenda, no processo de eugenia social ele tinha em si a ideia do belo e do bom, como todo cristão piedoso o tem. Assim, sempre vejo comentários de cristãos, que em nome desse bem e desse belo transformam a vida de tanta gente em um inferno sem precedentes, por conta dessa visão míope, em não conseguir olharem para suas próprias ações e classificá-las como algo ruim ou perverso.
Nessa linha caminha, por exemplo, comentários de cristãos contra o PLC 122/06, assim, vejamos:

O problema é que uma das consequências da aprovação da "união homoafetiva" (recentemente obtida por meio de usurpação das atribuições do Legislativo cometida pelo STF) é dar ainda mais "legitimidade" para a prática homossexual.

Os militantes gays não querem só união estável, "casamento" ou coisa parecida. Continuam a exigir a criminalização da "homofobia" (PLC 122/06).

Isto significa que, caso a "homofobia" se transforme em crime (ameaça cada vez mais presente), nem o autor do artigo nem ninguém vai poder dizer que "o padrão das Sagradas Escrituras para a sexualidade humana é a união entre homem e mulher", por exemplo.

Os cristãos e toda a sociedade cada vez mais se tornam alvos da perseguição gayzista, pois os militantes gays não admitem ser contrariados ou que alguém "blasfeme" contra o homossexualismo...(sic).
Na mente cristã o homossexual é sujo, ruim, impuro, feio, horrendo, e a atitude cristã é pura, mesmo que o cristão tenha a mesma ATITUDE DE HITLER, ele não consegue se enxergar nela, pois suas considerações são puras, belas, boas. E como Hitler é desassociado do cristianismo, de Lutero e do catolicismo, quem não pensa como eles é que são nazistas. Enquanto na verdade, todo o discurso contra a comunidade homossexual tem por base o mesmo preconceito fundamental de 1939-1945, época em que Hitler perseguiu e matou os homossexuais em sua cruzada de pureza e amor cristão.

Desta feita segue o comentário cristão:

Eu sou casado com uma mulher e bem casado,tenho meus direitos garantidos na Lei Maior.Não sou praticante de homossexualismo,não sou pedófilho e nem sodomita,logo nesta área estou em paz com Deus.O Estado é laico,é um governo de todos para todos e não de alguns ou alguma religião e então o que fazer? (...)O Grande Juiz de toda a terra é quem tem a palavra final e disso nós já sabemos,então vamos aguardar,enquanto isso day aos gays o que é dos gays e nós damos a Deus o que é de Deus.(sic)

Na verdade, diante do exposto, a cada dia me convenço que enquanto mais religioso, mais preconceituoso, afinal, aquele que se julga belo e bom, não consegue ver a beleza dos outros, pois ela se dá fora dele. Jesus não era cristão! Ele sempre viu a beleza no outro, no próximo, e por assim ser, Jesus é diferente de tudo aquilo que se diz cristianismo ou cristão. Jesus é totalmente outro! Enquanto isso, estamos fadados, sentenciados às mazelas do cristianismo e das igrejas brasileiras.

Deus nos acuda!

Um comentário:

  1. Bom dia pessoal!

    Postei esse texto no http://conexaodagraca.blogspot.com/ com algumas modificações para provocar reflexão.

    Valeu! Franklin

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