sábado, 19 de setembro de 2009

Meu amigo gay...

Vladimir Maluf

Você é daquele tipo de homem que passa a evitar encontrar um amigo depois que descobre que ele é homossexual, é melhor começar a pensar melhor nas suas atitudes. A discriminação, além de trazer complicações com a justiça e ser um símbolo de ignorância, dificulta as suas relações, fazendo você perder boas amizades e, ainda por cima, queima o filme com as mulheres...

É isso mesmo que você leu! “Eu adoro quando um homem que eu estou interessada trata bem meus amigos gays. Mostra que é bem resolvido, inteligente e tem tudo a ver comigo”, diz a gestora de vendas Ana Lima, de 28 anos. “Destratar homossexuais é um comportamento tão repugnante quanto o preconceito racial.”

Miro Santana, empresário de 32 anos, conta que passou a ter amigos gays por causa da namorada. “Eu cheguei a ficar com o pé atrás, mas depois percebi que era besteira. Se um cara é gay não significa que ele quer agarrar todo homem que aparecer na frente dele. Os caras são engraçados, respeitadores e é bem melhor saber que minha namorada está com eles do que com um concorrente”, brinca.

O empresário foi muitas vezes a boates GLS com a namorada e os amigos dela. “Já fui paquerado por um homem. Fiquei constrangido, mas ele entendeu na hora quando disse que era hetero e estava com a minha namorada. Aliás, todos respeitam. Acredito que ficam felizes de ver que não há preconceito e fazem questão de tratar bem”, diz. “Numa balada gay não tem brigas, como em outras casas noturnas, a música é muito melhor e até os funcionários são mais educados.”

Jorge também concorda que é ultrapassado ter preconceitos. “O que as pessoas fazem entre quatro paredes não interessa a ninguém”, defende Jorge Garbin, biólogo de 31 anos. “Não tem nem o que dizer... A convivência é normal, como com qualquer outra pessoa. A sexualidade não faz diferença... O que é importante para fazer parte do meu grupo de amigos é ter caráter.”

Na opinião de Carlos Eduardo Pereira, empresário de 38 anos, o homem que não se sente bem ao lado de um gay é porque está inseguro com sua sexualidade. “Para mim, esse repulsa é um mecanismo de defesa de um homem que tem medo de se sentir atraído. Eu sei do que eu gosto, por isso, ajo naturalmente... Um cara como esse deveria repensar se não está, no fundo, com receito de sair do armário”, diz.

Carlos Eduardo diz que, além dos heterossexuais, ele tem amigos e amigas gays, e sua mulher também... “Nossa turma é bem mista e todo mundo é bem resolvido. Aliás, eu nem lembro que meus amigos são ou não são homossexuais... São, simplesmente, meus amigos e ponto final.”
Fonte: Portal IG

Um comentário:

  1. concordo em número, genêro, grau, e sexualidade com o senhor Carlos Eduardo Pereira!

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