quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O mundo cão do sensacionalismo

Não gosto de determinados programas de TV, principalmente, aqueles que tratam à vida como se ela fosse um mundo cão, cheio de tragédias violências, mas que nos finais das tardes enchem os cofres de determinadas emissoras de TVs e de seus apresentadores.

Não assisto ao Brasil Urgente- os motivos: não suporto os gritos de seu apresentador, fora a forma sensacionalista das abordagens aos temas cotidianos, que não passam de mera demagogia na luta pela audiência televisiva, que faz a péssima qualidade de programas na TV brasileira. Contudo, segunda-feira dia 19/01/2009, não pude deixar de assistir ao Brasil Urgente, pois estava na casa de um colega, que sintonizou na emissora para escutar o que o apresentador iria dizer sobre o teto da Igreja Renascer em Cristo.

Confesso que fiquei sem entender! O apresentador do programa não entende de Direito, basta ficar atento às bobagens que ele desfere às questões legais sob o jingo: "... Essa é a minha opinião!". Contudo, no caso do teto da Renascer o "defensor" dos Direitos (sabe-se lá quais são eles...) dos cidadãos deste mundo cão, defendeu a liderança da igreja em questão, pedindo ao público para não os julgarem culpados, ou não os responsabilizarem, naquele momento, pois era um momento de dor para as pessoas de bem que foram cultuar a Deus num lugar de bem.

Ora, sei que não se pode esperar muita coisa de programas de segundo escalão da TV brasileira, até mesmo, pelo fato da isenção da notícia ser corrompida na fonte, mas é inescrupuloso a parcialidade de um apresentador em prol de determinadas lideranças evangélicas, em detrimento ao Direito das vítimas, de serem ressarcidas pelos danos materiais e emocionais, que sofreram pelo desabamento do teto de um galpão. Independente da culpa, existe a responsabilidade objetiva das lideranças em indenizar os que sofreram perdas ou foram gravemente lesionadas. E pela primeira vez o apresentador da Band não gritou, não vociferou, não bradou, e nem teve chiliques de indignação habituais à forma de se apresentar o show de TV.

Não entendi, mas as coisas no Brasil não são sérias e as vítimas se vitimam mais de uma vez pela falta de acesso às informações de Direito cidadão, negados pelos órgãos de imprensa, ou simplesmente ocultados do público em nome de demagogias mil, que preferem noticiar o mundo cão de forma exploratória da tragédia pessoal do que prestar um serviço de utilidade pública saudável e digno, e por que não dizer humano?

Um comentário:

  1. Respeito é bom e todos gostam.

    Se o governo prestasse para cumprir suas obrigações, cassaria todas as concessões irregulares de rádio e TV, pois o circo dos horrores já passou dos limites.

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