sexta-feira, 13 de agosto de 2004

A CULPA TODA É DA IGREJA

O novo glossário preparado pelo Conselho Pontifício do Vaticano diz que a homossexualidade tem origem num conflito psicológico não resolvido. E aqueles que querem dar aos homossexuais os mesmos direitos legais na sociedade negam um problema psicológico que volta a homossexualidade contra o tecido social.
O sofrimento psíquico imposto pela cultura judaico-cristã à milhares de pessoas através da sua forma de educar, interferiu na cultura de vários povos, educação essa que já fazia com que até os canhotos se sentissem culpados de terem nascidos e queimados na fogueira para o bem da alma deles, deixando dúvidas nos filhos dos índios, nos filhos dos negros, na cabeças das meninas, diminuindo sua auto-estima e criando o auto-preconceito onde o pobre não aceita o pobre; onde o próprio negro não se aceita e que ficar longe de "preto", onde a mulher tem mentalidade machista e se utiliza de piadas formuladas para rirem das outras.
Quando verificamos na sociedade o comportamento de muitas pessoas com seus tratamentos preconceituoso em relação às outras, onde os ricos desprezam e dão esmolas aos pobres pra satisfazer o ego da burguesia; onde os considerados esteticamente bonitos são os escolhidos e se tornam estátuas de adoração; onde o negro vive em condições sócio-enconômica inferiores ao branco e nas novelas são representados enquanto minoria, onde o índio é ridicularizado e obrigado a sair de suas próprias terras nas quais vivem desde que o Brasil foi "descoberto", onde o fanático religioso agride outras crenças falando de amor e espumando ódio; e onde a mulher recebe menos que o homem para fazer o mesmo serviço e é aplaudida enquanto "bunda de TV" , e então, percebemos o quanto no Brasil o preconceito convive de forma hipócrita com os princípios que define uma sociedade cheia de moral.
Enquanto o "homossexualismo" é combatido pela igreja e dentro dela estatisticamente padres morrem em conseqüência da AIDS, e chamam essa doença de "peste gay", a hipocrisia e a falta de consciência é tão grande que quando se fala em prostituição infantil não dão tanta ênfase negativa ao "heterosexualismo" quando se falam em pedofilia e "homossexualismo" , como se a prostituição infantil no nosso país não se tratasse de meninas e homens heterossexuais.
Esse circo já está armado para nos confundir desde quando nascemos, para o encontrarmos todas as peças prontas num jogo programado com suas crenças, valores, regras, conceitos e histórias impressionantes inserido no grupo onde estamos vivendo, fazendo nos de sub-categorias, sub-especie, sub-gente, sub-tudo. Com o sentimento de inferiorização, o auto-preconceito para ser entendido melhor, precisa ser analisado a partir do quadro do nosso ambiente sociocultural de uma forma degradativa - homem-rico-branco-hetero-bonito-feio-mulher-negro-homossexual.
Porque gay não vota em gay? Porque o mesmo processo de auto-preconceito usado para fazer com que o negros o índio e a mulher se sinta inferior e não se aceite, é usado também em relação aos homossexuais. E por causa desse ódio mórbido aos homossexuais chamado de homofobia, e que internalizada é adquirida através de uma educação imposta em que procura ocultar a realidade e fazer os homossexuais culpados por ser o que são, fica complexa e na maioria das vezes muito mais velada. A concentração da homofobia é tão grande que os próprios homossexuais se sentem culpado e psicologicamente ou inconscientemente isso influem nos relacionamentos, fazendo com que odeie uns aos outros.
Nas dimensões psicológicas e moral, por intermédio dessa educação herdada faz estragos na cabeça dos homossexuais. Podemos entender como funciona essa homofobia internalizada ao ilustrarmos melhor os campos de ação: 1)roubar o colega da mesma orientação mas não ter coragem de roubar outro de orientação diferente que na linguagem GLBT é "dar a elza" nos gays. 2) Odiar outros gays afirmando que em bicha não se pode confiar. 3) Detesta "maricona", ou, só gosta de "homem de verdade".4) Fazer a linha maldita, que é um jogo de sedução pelo simples prazer de destruir o relacionamento do outro, ou então destruir amizades e a imagem do outro. 5) Além da desconfiança e crítica destrutiva a lideres da comunidade GLBT, fazendo armações e boicotando atividades, chegando a ponto de votar num candidato hetero homofóbico mas não num candidato da comunidade. E por último, 6)o desprezo pelos membros mais assumidos e óbvios da comunidade GLBT.
Para se "salvar" de toda essa homofobia, diria que, situações psicologicamente cômicas e desesperadoras são criadas por alguns homossexuais que sofrem dessa interiorização como: "fazer-se de louca", "trancar", "fechar" à noite toda e durante o dia mostrar-se sério, e quando vê algum assumido na rua passa do outro lado para não ser cumprimentado ou vive obcecado que ninguém descubra sua orientação sexual, chegando a acontecer desmaios no local de trabalho; ou foge para viver em outro país dizendo como desculpas que é melhor do que o seu.
E para recompensar, ou seja, que os outros não lhe cobrem ou discriminem, se torna um super tio, ótimo filho e irmão, empresta dinheiro para o cunhado, dar presente para os sobrinhos, e bajula todos os familiares com brindes e favores. Na religião, procura o Seminário Religioso para ser respeitado e não ser cobrado casamento ou namoro, ou então recorre a relacionamentos com membros do sexo oposto de igreja evangélica que proíbe o sexo antes do casamento pois assim não pode ser cobrado carícias mais íntimas. Congelar a dor para não se apaixonar e passar o vexame de ser cobrado que está com o "amor que não ousa dizer o nome", ou então se enfia na bebida para que todos o vejam exclusivamente como alcoólatra ou drogado.
Grupos religiosos no Brasil pregam a cura da homossexualidade e são alertados pelas Associações de Psicologia ou por psicólogos, como a Dr. Adriana Nunan (PUC-RIO), que esta prática não é científica nem ética, podendo causar danos irreparáveis aos pacientes, e desencadear algum tipo de doença mental. Além de provocar depressão, baixa auto-estima, ansiedade, atos de violência, como agressões e assassinato sádico de homossexuais e comportamentos auto-destrutivos como: prática de sexo sem segurança, suicídio.
Crescendo e vivendo em uma sociedade como a nossa, machista conservadora e hipócrita, recebendo e reproduzindo heranças, que vão interiorizar os valores e atitudes negativas da própria sociedade, evidentemente que a tendência é nos deixar "doentes".
Mas se existe uma doença nos homossexuais ela se chama homofobia internalizada, e a culpa toda é da igreja por lançar seu falso-moralismo e sua política de pessimismo e psicologia de "pobre-coitado" sobre os mais fracos de pensamentos e idéias, fazendo com que eles se sintam culpados.
Atualmente, quem discrimina um canhoto é considerado ignorante, um idiota, e futuramente poderá se dizer a mesma coisa em relação a quem discrimina os homossexuais, e para isso é importante que a igreja entenda que nem todos são católico, nem todos são cristãos e nem todos são religiosos, sendo assim, devendo ser respeitados na sua plenitude . E a educação, que é a base de tudo, deve ser libertadora, realista, consciente e autêntica.
Itamar Guri dos Santos
Itamarguri@yahoo.com.br
agamy1998@yahoo.com.br
www.grupoguri.hpg.com.br

quarta-feira, 11 de agosto de 2004

Boas...

Ao ler as palavras do Luiz Mott, resolvi transcrever e traduzir do inglês o resumo de um livro que se chama: O que a Bíblia realmente diz acerca da homossexualidade:

"A apróximação literal da Bíblia diz que não devemos interpretar a Bíblia, mas apenas tomar como certo aquilo que está escrito e como está escrito. As palavras da Bíblia nas traduções mais recentes são traduzidas para dizer o que elas dizem para o leitor de hoje. Nesta base, a Bíblia condena a homossexualidade em vários lugares.
Mas uma apoximação histórica, procula ler a Bíblia no seu contexto hitórico e cultural. Esta interpretação procura levar a interpretação da Bíblia ao seu verdadeiro sentido, procurando averiguar o que é que os autores originais quereriam dizer no seu tempo e à sua própria maneira. Entendendo os seus próprios termos, a Bíblia não foi escrita falando das nossas questões de ética sexual. A Bíblia não condena sexo gay como nós o entendemos hoje.

O pecado se Sodoma foi a falta de hospitalidade e não homossexualidade. Judas condena sexo com os anjos e não sexo entre dois homens. Não há um único versículo que se refira indisputavelmente a sexo entre mulheres.
Algumas Bíblias referem-se a "sodomitas" em Deuteronómio e 1 e 2 de Reis... é uma tradução errada. Do ponto de vista positivo da heterosexualidade não se retira nenhuma conclusão da homossexualidade. Figuras Bíblicas como Jonatas e David, Rute e Noemi, Daniel, podem muito bem ter estado envolvidos em relações do mesmo sexo vistas como sendo o plano de Deus. Jesus não disse nada acerca da homossexualidade, nem mesmo quando face a face com um homem no meio de uma relação homossexual.

Apenas 5 versos da Bíblia expressam uma opinião sobre sexo com homens: Levítico 18:22 e 20:13, Romanos 1:27, 1 Corintios 6:9 e 1Timóteo 1:10. Todos estes textos são relativos a algo mais do que sexo com homens em si mesmo e estes 5 versos apenas se referem a 3 questões diferentes.

Primeira, Levítico proibia sexo homossexual como sendo uma violação da antiga versão Judaica de "mistura de géneros", a confusão das funções comuns: homens penetrando e mulheres sendo penetradas. A preocupação acerca de sexo de homem com homem, é uma ofensa contra a a religião Judaica, não uma violação da natureza sexual herdada.

Segundo, a carta aos Romanos presupõe que o ensinamento da lei Judaica em Levítico e o sexo entre homens sendo uma questão de impureza. Contudo, em Romanos é mencionado tudo isso precisamente para justificar que argumentos de impureza/pureza não têm mais importância em Cristo.

Finalmente, no termo obscuro de "arsenokoitai", se interpretado como sendo sexo entre homens, 1 Corintios e 1 Timoteo condenaria abusos sexuais associados com sexo entre homens e no primeiro século: exploração e abuso.

Então a Bíblia não contém nenhum patamar moral direto acerca de sexo entre homens nem a moralidade entre relacionamentos gay ou lésbicos como conhecemos hoje. Na verdade, o mais longo tratamento do assunto em Romanos, sugere que os atos homossexuais em si mesmo não têm nenhuma significância ética. Contudo, entendido no contexto do primeiro século decadente do império Romano, 1 Corintios e 1 Timóteo pode sugerir esta lição: formas abusivas de sexo entre homens, e sexo entre mulheres, deve de ser evitado.

Embora a Bíblia não condene o sexo entre homens ou mulheres, isto não quer dizer que vale tudo! Se estes dependem da Bíblia como um guia de inspiração, gays e lésbicas estão certamente ligados ao ensinamento moral dos ensianmentos Judeo-cristãos: homens/mulheres de oração, reverência para com Deus, respeitar os outros, amáveis, perdoadores, misericordiosos, honestos e justos. Trabalhar em harmonia e paz. Permanecer pela verdade. Desistir de si mesmos por aquilo que é bom, evitar o mal. Fazer a vontade de Deus. Amar a Deus com todo o coração e alma. Fazendo isto, é ser um verdadeiro discípulo de Jesus.

Viver pela Bíblia, gays e lésbicas submeterão os seus mais severos requisitos morais à palavra.esses requisitos incluem sexo em relações íntimas.

Isto é tudo o que honestamente pode ser dito ácerca do ensinamento Bíblico ácerca da homossexualidade. Se as pessoas ainda procuram algum ensinamento para mais claramente saber se sexo gay ou lésbico é mau ou bom... eles têm de procurar noutro sítio por uma resposta. Porque nesta matéria a resposta é expremamente simples. A Bíblia nunca foca essa questão. Mais que isso, a Bíblia Parece deliberadamente despreocupada acerca disso".

Que Deus vos abençõe.

Vasco Horta (de férias em Portugal)
A Bíblia não diz que devemos amar a todos?

Ha! A Bíblia! Para dizer a verdade, ela diz uma porção de coisas;
mas ninguém nunca pensa em coloca-las em pratica.
(Harriet Beecher Stowe, em A Cabana do Pai Tomas)

Felizmente podemos ouvir falar de Deus, de seu filho Jesus, de suas glórias e de sua vitória na Cruz para nos salvar. Porém, infelizmente, o homem com sua mente faz o que quer em relação às interpretações bíblicas. Não vou aqui explicar que ser homossexual não é um pecado, acho que todos aqui tem já isso resolvido. Porém, podemos dar alguns exemplos de amor e de graça que Deus tem para um homossexual.

Jesus tinha o poder de amar prostitutas, homossexuais, heterossexuais, enfim toda a humanidade... Ele foi capaz disso apenas porque via através do pecado e da degeneração; seus olhos captavam a origem divina que estava oculta por toda parte e em cada homem! Primeiro, e principalmente, Ele nos dá novos olhos...

Quando Jesus amava uma pessoa qualquer, carregada de culpa, seja ele qual fosse, ele a ajudava, via nela um filho de Deus. Via um ser humano a quem seu Pai amava e por quem se interessava. Ele o via como Deus o planejara originalmente e queria que ele fosse e, portanto olhava, para o humano, não qualquer humano, superficial e alienado de si mesmo, mas para o que é PROFUNDAMENTE HUMANO. Já dizia um sábio: "o que é profundamente humano é divino"! E quando via algo que impedisse os homens de serem alcançados na sua humanidade ele apontava o caminho para o verdadeiro eu, libertando e propondo os recomeços. Jesus foi capaz de amar os homens porque ele os amava de maneira certa atravessando o que é superficial, aparente.

Certa vez, um filho evangélico disse à sua mãe que era homossexual. Todos da igreja ficaram sabendo de sua afirmação e então o abominaram por isso, porém, a sua mãe com voz trêmula e doce disse: "ele pode ser um homossexual, uma afronta abominável à muitos, mas continua sendo o nosso orgulho e alegria".

Perecebi que a mãe desse garoto expressou como Deus vê a cada um de nós. De alguma forma, todos nós - heteros ou homos - somos abominações para Deus pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus e, de alguma forma, contra toda razão, Deus nos ama assim mesmo. A graça declara que ainda somos o orgulho e a alegria de Deus.

por Fabiano Silva
De Nova York para Gospel Gay

Pesquisas : Maravilhosa Graca - Philip Yancey.

OS BISPOS BRASILEIROS E A QUESTÃO HOMOSSEXUAL
Luiz Mott, ex-Dominicano e fundador do Grupo Gay da Bahia


Durante quase três séculos, os Bispos do Brasil deixaram os homossexuais em paz. Quem perseguia os "sodomitas" era a Inquisição, que enviou para os cárceres do Santo Ofício de Lisboa duas dezenas de "fanchonos". Embora as Constituições do Arcebispado da Bahia, de 1707, considerassem a sodomia "o mais sujo, torpe e desonesto pecado, e por sua causa Deus envia à terra inundações, terremotos e pestes", só há notícia de um homossexual degredado para a África por ordem do Bispo de Salvador. Numa época em que a Igreja tinha poder de queimar na fogueira, nenhum gay brasileiro foi condenado à morte.

Mesmo durante o pontificado de Pio XII (1939-1958), época de grande moralismo e sexofobia, quando a Igreja chegou a estabelecer a altura máxima da bainha das saias das mulheres católicas, nenhum de nossos grandes príncipes da Igreja, D.Sebastião Leme, o Cardeal da Silva, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, fez qualquer declaração contra os "filhos da dissidência". Houve mesmo uma época, quando do Pontificado de João XXIII, de saudosa memória, que teólogos do Brasil, como o dominicano Frei Carlos Josaphat e o redentorista Padre Jaime Snoek, seguindo o mesmo espírito do Catecismo Holandês, chegaram a defender a virtude e altruismo do amor entre pessoas do mesmo sexo. Oh tempora!

Foi com Paulo VI, cuja homossexualidade fora internacionalmente denunciada pelo escritor francês Roger Peyrefitte, que a hierarquia católica iniciou a cruzada moderna contra os homossexuais. Em 1975, o cardeal François Seper redigiu a "Declaração sobre certas questões de ética sexual", onde embora reconhecendo que a homossexualidade possa levar a "sincera comunhão de vida e de amor", estabeleceu um sofisma que será repetido ad nauseam pelo Vaticano: "os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados e não podem em caso algum receber qualquer aprovação".

Em 1978 João Paulo II é eleito Papa, e sob influência da ultra conservadora Opus Dei, franquista e declaradamente homofóbica, nomeia em 1981 o teólogo Joseph Ratzinger como Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, que divulga em 1986 a "Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a pastoral para pessoas homossexuais", onde confirma: "o homossexualismo é intrinsecamente mau". Em 1992, o Cardeal Ratzinger radicaliza sua homofobia ao promulgar: "em certas circunstâncias, não é discriminação injusta impedir a adoção de crianças por homossexuais, afastá-los da função de educadores, treinadores esportivos e no recrutamento militar". George W. Bush, homófobo confesso, disputava pela primeira vez a presidência dos Estados Unidos e os grupos católicos gays, Dignity e David & Jonathan são proibidos pela Cúria Romana. Neste mesmo ano, no "Catecismo da Igreja Católica", João Paulo II ratifica: "os atos homossexuais não podem receber aprovação em nenhuma circunstância". Roma locuta, causa finita!

Insuflados por mensagens tão homofóbicas, alguns bispos brasileiros foram ainda mais longe, não poupando graves ofensas aos homossexuais, fornecendo assim munição para a homofobia dos políticos, pastores e da população em geral. Eis as palavras de nossos pastores divulgadas na imprensa nacional:

D. Aloisio Lorscheider, Arcebispo de Fortaleza, 1994: "Homossexualismo é uma aberração".

D.Girônimo Anandréa, Bispo de Erechim, 1995: "O homossexualismo é um desafio contrário às leis da natureza e às leis do Criador. As uniões homossexuais jamais podem equiparar-se com as uniões familiares. O bem comum da sociedade requer a desaprovação do seu modo de agir e não lhes sejam atribuídos direitos absolutos".

D. Edvaldo Amaral, Arcebispo de Maceió, 1997: "A união de homossexuais é uma aberração. Um cachorro pode até cheirar o outro do mesmo sexo, mas eles não tem relação. Sem querer ofender os cachorros, acho que isso é uma cachorrada! Esta é a opinião de Deus e da Igreja".

D. Lucas Moreira Neves, Cardeal da Bahia e Primaz do Brasil, 1997: "O Projeto de Parceria Civil Registrada é deseducativo e lesivo aos valores humanos e cristãos".

D. Eugênio Salles, Cardeal do Rio de Janeiro, 1997-2003: "Os homossexuais têm anomalia e a Igreja é contra e será sempre contra o homossexualismo. Se todos os fiéis são obrigados a se posicionarem contra o reconhecimento legal das uniões homossexuais, os políticos católicos têm o dever moral de manifestar clara e publicamente seu desacordo e votar contra".

D. Silvestre, Arcebispo de Vitória, 1998: "Homossexualismo é doença".

Dom Eusébio Oscar Sheid, Arcebispo de Florianópolis, 1998: "O homossexualismo é uma tragédia. Gays são gente pela metade. Se é que são".

Dom Amaury Castagno, Bispo de Jundiaí, 1998-2002: "O homossexualismo é, simplesmente, uma aberração ética. A conduta homossexual é em si mesma execrável, como também o são o incesto, a pedofilia, o estupro e qualquer tipo de violência... O homossexualismo é antinatural, está mais que evidente que é algo contra a dignidade humana e o plano de Deus".

D. José Antônio Aparecido Tosi, Arcebispo de Fortaleza, 2000: "O homossexualismo é um defeito da natureza humana comparável à cleptomania, ao homicídio e à irascibilidade".
D. Raymundo Damasceno Assis, Secretário da CNBB, 2001: "É um perigo aprovar as uniões antinaturais dos homossexuais".

D. Aloysio Penna, Arcebispo de Botucatu, 2001: "Por maior que seja a misericórdia com que a Igreja trata os homossexuais, ela não pode deixar de pregar que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados".
Com munição tão pesada, pais e mães continuam a repetir pelo Brasil afora: "prefiro um filho ladrão do que homossexual!" Não é à toa que nosso país é o campeão mundial de assassinato de gays, transgêneros e lésbicas. A cada dois dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia. Nossos bispos devem pedir perdão à humanidade pois têm a mão suja de sangue! Esqueceram-se do ensinamento do "discípulo que Jesus amava": "onde há amor, Deus aí está!"

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LUIZ MOTT
Cx.Postal 2552 - 40022.260, Salvador, Bahia
Fone/Fax: (71) 328.3782 - 328.2262 - 9989.4748
www.luizmott.cjb.net
www.ggb.org.br

Professor Titular de Antropologia, UFBa
Comendador da Ordem do Rio Branco
Ex-Membro do Conselho Nacional de Combate a Discriminação da Presidência da República e da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde

Per scientiam ad veritatem, justitiam et felicitatem.

terça-feira, 10 de agosto de 2004

"Misericórdia quero e não holocausto" Mt. 12:7

Jesus registra nesta passagem do livro de Mateus um desejo que nasceu no coração do Pai: mostrar que práticas pagãs, como a hipocrisia religiosa e injustiça, estão erradas e tendem a manipular as pessoas quando usadas em nome de Deus. Podemos constatar isso através da demonstração feita por Jesus ao comer com pecadores (Mt. 9.10-12), juntamente com seus discípulos e republicanos. Automaticamente o Cristo, que não faz acepção de pessoas, foi questionado pelos fariseus:

"Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores?" Mt. 9:11b

Jesus , porém, ouvindo isso, respondeu:

"Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o
que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar
justos, mas pecadores".

Nos nossos dias, não precisamos correr muito para nos depararmos com os escribas e fariseus - aqueles que segundo Jesus "dizem e não fazem". Aqueles que estão a nos julgar, a nos condenar. Eles estão em todos os lugares, nas esquinas, nas praças e principalmente nas igrejas, basta tão somente olharmos em nossa volta para nos debatermos com os acusadores, observadores da lei. Jesus não conformado com este comportamento, reservou aos fariseus algumas das críticas mais severas:

"Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos
homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los". (Mt.
23:4)

São estes mesmos fariseus, falsos donos da verdade, que fecharam o reino dos céus para muitos de nós, GLBT?s, imagem e semelhança de Deus, e possuidores da capacidade sublime de não fazer acepção de pessoas.

São estes guias cegos que Jesus abomina, não somente pela hipocrisia e injustiça, mas principalmente por negligenciarem os preceitos mais importantes da lei: o amor incondicional ao próximo, a misericórdia e a fé.

É esta raça de víboras que tem fechado a porta dos céus para milhões de homens e mulheres, que por serem diferentes, vivem aprisionados em seus próprios traumas psicológicos, decorrência de uma educação marginalizada e preconceituosa imposta pela sociedade, família e principalmente pelos fariseus que não se poupam em fazer julgamentos indevidos "em nome" de Jesus. Não foi à toa que por seis vezes, no mesmo capítulo, Jesus chamou esta classe de hipócritas, pois estavam mais preocupados com a aparência do que com a substância. Jesus, ao contrário, nos chamou para um compromisso espiritual e genuíno, onde o amor se tornou o maior de todos os mandamentos.

"Amar ao próximo como a si mesmo excede todos os holocautos e sacrifícios" (Mc. 12:33b)
MEDITAÇÃO NA PALAVRA

Abraçando a comunidade GLBT
Controle Absoluto

Texto para reflexão: Habacuque capítulo 1

O nome Habacuque significa o que abraça , não no sentido romântico, mas sim, de conforto. Precisamos deste conforto quando nos deparamos com a grande pergunta: Por que Deus permite que "isso" aconteça? Vivemos dias de violência. Guerras que não aprovamos nem queremos. Ainda assim, elas estão acontecendo em toda parte. A criminalidade aumenta. A homofobia causa mortes e parece que estamos atados, assistindo a tudo, sem poder fazer nada. Alguns, não conformados, estão marchando, fazendo protestos e manifestações. Mas, cada dia, mais pessoas estão morrendo, sendo feridas física e emocionalmente. Crianças em sofrimento; velhos desnorteados; jovens tendo seu futuro roubado. Por que Deus permite? Há também nossas questões pessoais: enfermidades, crises financeiras, crises nos relacionamentos afetivos, etc. Afinal, se Deus está no controle, por que tudo parece estar fora de controle?

O profeta Habacuque vivia em dias muito parecidos com os nossos ? uma época em que tudo parecia estar dando errado. O povo vivia na maldade, havia violência, corrupção, insegurança, opressão e injustiça . Habacuque estava muito perturbado. No entanto, ele sabia que quando temos um problema, devemos levá-lo a Deus. Foi exatamente isso que ele fez: orou. Continuou orando... mas não havia resposta! Então ele, perplexo, clamou a Deus e perguntou por quanto mais tempo deveria continuar a orar sobre o mesmo problema. Ele tinha estado a vigiar, esperando um avivamento e, nada.

Quantos de nós não estamos passando pela mesma situação? Oramos por pessoas que amamos, esperando que Deus as alcance e mude suas vidas, e nada acontece. Oramos pelos nossos problemas e o céu permanece calado. Parece que a oração simplesmente não alcança a Deus. O coração do profeta estava pesado com este aparente dilema: oração x silêncio. Aí aconteceu algo extraordinário! Deus respondeu a Habacuque! Mas o conteúdo da resposta é ainda mais extraordinária! No v. 5 Deus diz a Habacuque:
"tenho estado a responder sua oração. Você tem me acusado de silêncio, mas eu não tenho estado silencioso. Você simplesmente não sabe reconhecer minha resposta. Tenho respondido embora diferente da sua expectativa".
E então, a partir do v. 6 até ao 11, Deus passa a explicar como está respondendo. Ele diz que está levantando uma nação: os Caldeus. Na época de Habacuque os Caldeus eram um povo insignificante. Eles eram um povo estranho, hostil e sanguinário. "Eu estou por trás deste povo" disse o Senhor. Isso soa tão estranho, não é? Parece que o problema ficou maior ao invés de resolvido, pois como Deus vai resolver o problema original, criando um problema maior?

Às vezes também nos parece que "quanto mais oramos, mais assombração nos aparece!", não é assim?. A história mundial também afeta a fé de muitos. Por que Deus permite que as coisas tomem certos rumos? Por que um Deus justo e amoroso permite que os homens sofram? Por que Deus nos criaria depois permitiria que doenças, violência e a fome nos matassem? Ouvimos seguidamente estas perguntas que parecem ficar sem respostas. Deus não é ortodoxo! Ele sempre faz coisas de uma maneira diferente, levanta as pessoas "erradas" e opera de forma surpreendente. Os caminhos de Deus são misteriosos e precisamos reconhecer que há épocas em que, simplesmente não entendemos o Seu mover. A mente humana não alcança a variedade dos desígnios da obra de Deus.

Este era o problema que afligia a Habacuque. Ele estava perplexo com o estranho silêncio de Deus e, depois, quando soube como estava agindo, também não entendeu nada. Quantas vezes sentimos que Deus não está agindo, ou se está, é totalmente inacreditável que Ele esteja lidando com o problema aumentando-o ao invés de "solucioná-lo".

Para lidar com situações que desafiam nossa fé, há 4 passos importantes que devem ser observados:

O versículo 1: 12 é a chave:

Primeiro: Pare e pense. Não reaja emocionalmente. Não deixe que o pânico te domine.
Segundo: Reafirme para você mesmo as coisas básicas que você sabe sobre Deus. Não tente resolver seu problema imediatamente. Dê um passo para trás e medite no que você conhece sobre o caráter de Deus.
Terceiro: Com o caráter de Deus firmemente impresso em sua mente e coração, sob essa ótica, examine seu problema.
Quarto: Se de todo, não houver achado solução, deixe tudo nas mãos de Deus, pela fé, confiando que Ele lhe mostrará a resposta.
Deus é de eternidade a eternidade. Ele está assentado sobre a história. A história geral e a pessoal. Ele criou a história. Deus é Santo. Ele é O Poderoso EU SOU.. Ele é consistente consigo mesmo. Nunca finge. Nunca é falso. Deus é sempre Ele mesmo. Deus é imutável (Hb 1: 10 -12)."... Não morreremos." (1:12b) ? Portanto, apoiados pela fé Naquele que é para sempre SENHOR, mesmo assombrados e assustados, Ele nos sustentará com Sua fidelidade.

Deus não perdeu o controle sobre a história da humanidade nem tampouco sobre a história de sua vida.

Espere. Confie. A resposta virá.

Pra. Susan Hodge
suehodge@uol.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Dia do Orgulho Lésbico será comemorado em 19/08 em SP


A programação inclui a apresentação do espetáculo A Cicatriz é a Flor (foto), de Newton Moreno, com Luah Guimarãez e Marianna Senne, shows, exposições, palestras sobre Direito de famílias e leis antidiscriminatórias, oficinas sobre corpo e sexo, entre outras atividades.

O Orgulho Lésbico é celebrado em duas datas por organizações distintas. No dia 29/8 outros grupos lésbicos e a ABGLT comemoram o Dia da Visibilidade Lésbica.

As inscrições para as exposições e oficinas dos dias 20 e 21/8 podem ser feitas pelo site
Um Outro Olhar,

sábado, 7 de agosto de 2004

Medo de mulher

"A Bíblia, o mais denso repositório cultural
da humanidade,é uma coletânea de frases
depreciativas sobre o sexo feminino"

Dias atrás, numa visita de campanha, a prefeita de São Paulo estendeu a mão a um judeu ortodoxo, desses que usam chapéu e sobretudo para frio siberiano. O homem deixou a prefeita com a mão no ar. Negou-se a tocá-la. Esse tipo de religioso acredita que mulher menstruada é impura. Como não pode perguntar a todas qual é seu estado, prefere evitar contato físico com o sexo oposto. A suspeita sobre a mulher é um ponto comum às grandes religiões.

Em certos países islâmicos, elas têm de andar cobertas da cabeça aos pés, para não despertar a luxúria no vizinho. Meninas de 13 ou 14 anos casam-se com homens de qualquer idade, à escolha de seus pais, desde que já tenham menstruado. Em alguns casos, as parentas tiram-lhes os pêlos de todo o corpo antes do casamento. Assim, oferecem ao homem um reforço tátil e visual à convicção de que está mesmo se casando com uma menina intocada.

Na semana passada, o Vaticano deu sua contribuição a esse tema. Um documento da Santa Sé denunciou o feminismo por tentar diminuir as diferenças entre homem e mulher. Se a mulher ficar parecida com o homem nos papéis que ambos desempenham, conclui o Vaticano, o casamento passará a equivaler a uma união homossexual. Acostumados com a rigidez da Igreja, que só admite sexo com fins reprodutivos, os católicos fingem que algumas regras não existem e continuam freqüentando sua missa dominical. Caso contrário, todos os casais teriam quinze filhos.
O atrito criativo entre o progresso humano e os tabus religiosos é um fenômeno instigante. A teoria de que a Terra se move e não é o centro do universo tem apenas cinco séculos. Até então, era preciso dobrar-se ao tabu de que o homem, ponto culminante da criação, vivia no centro do cosmo, tendo todo o firmamento a prestar-lhe homenagem, dançando a sua volta.

As religiões são conservadoras porque surgiram em culturas muito antigas. Reproduzem normas dessas comunidades. Códigos religiosos, como os Dez Mandamentos, são documentos civilizatórios. Reprimem impulsos destrutivos do homem primitivo. Não matarás, não roubarás, não mentirás nos tribunais e não pularás guloso em cima da mulher alheia são regras de conduta hoje aplicadas por meio de leis. O tabu, que reprime a livre manifestação de impulsos anti-sociais, sempre foi um elemento de estabilidade. Quando se torna um entrave ao progresso, precisa ser superado.

Cristianismo, judaísmo e islamismo são três galhos da mesma árvore. Moisés e Jesus são aceitos como profetas no islamismo. Abraão é patriarca dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos. As três religiões surgiram no mesmo lugar. Não é, portanto, uma surpresa que os núcleos mais conservadores desses três grandes ramos religiosos tenham uma atitude retrógrada diante da mulher. A Bíblia, o mais denso repositório cultural da humanidade, é uma coletânea de frases depreciativas sobre o sexo feminino. Em mais de 200 citações, a mulher aparece como propriedade do homem e como fonte de volúpia e perdição. Talvez na origem essa atitude refletisse o pânico ancestral dos homens com a possibilidade de ter sua prole infiltrada secretamente por um filho do leiteiro.

O tabu sobre a mulher é maior entre muçulmanos e judeus tradicionalistas, mas também está presente no catolicismo conservador, que não admite sacerdotes do sexo feminino e despreza as conquistas do feminismo. Esse tabu será superado como foram outros. Ele se tornou um entrave. Sua extinção está escrita.

Tales Alvarenga

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

O voto GLBT

Abaixo, lista de candidatos em todo o Brasil que possuem compromisso explícito em defesa das reivindicações da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT).

São candidatos oriundos da comunidade GLBT que assumem abertamente sua orientação sexual. Esta coluna, Consciência Gay, indica, aos seus leitores, o voto para um destes candidatos, independente do partido que ele pertença. O importante, nestas eleições, é o voto GLBT. Partido político se torna algo secundário neste momento.

Cidade - Estado Candidato Vereador 2004 (Partido)

Alvorada - RS - João Carlos de Souza (Lilica) (PT)

Aracaju - SE - Katielly (PMDB)

Belo Horizonte - MG - Danilo Oliveira (PV)

Colônia - PI - Kátia Tapete (reeleição) (PFL)

Contagem - MG - Márcia Marão (PT)

Curitiba - PR - Katiely Lanzini (PFL)

Curitiba - PR - Eliziane Newton (PSB)

Curitiba - PR - Beto Kaiser (PV)

Curitiba - PR - Allan Johan (PSB)

Duque de Caxias - RJ - Charlene (x)

Esmeraldas - MG - Elder Mansueto dos Santos (PL)

Friburgo - RJ - Ferreira (PT)

João Pessoa - PB - Fernanda Bevenucc (PT)

Manaus - AM - Adamor Guedes (PFL)

Niterói - RJ - Paulo Roberto (PL)

Ponta Grossa - PR - Otair Luiz dos Santos (PT)

Rio de Janeiro - RJ - Virgínia Figueiredo (PT)

Rio de Janeiro - RJ - Lilia (PFL)

Rio de Janeiro - RJ - Ilka Viana (x)

Rio de Janeiro - RJ - Luiz Lago (x)

Rio de Janeiro - RJ - Tim Maya (x)

Rio de Janeiro - RJ - Xuxette de Holliday (x)

Salvador - BA - Marcelo Cerqueira (PV)

São Paulo - SP - Fernando Quaresma (PPS)

São Paulo - SP - Flávia Pereira (PT)

Teresina - PI - Samantha Brasil (PFL)


Cidade - Estado Candidato Vice-Prefeito 2004 (Partido)
Nova Iguaçu - RJ - Eugênio Ibiapino (PSTU)

x = (Partido não informado)

Como escolher seu candidato

Siga, por ordem de prioridade, uma das três opções abaixo.
  1. Escolha um candidato da comunidade GLBT que tenha como programa de campanha proposta de inclusão social dos homossexuais e a defesa das reivindicações da comunidade
  2. Não existindo um candidato da comunidade em sua cidade, escolha àquele que em seu programa inclua à defesa das reivindicações GLBT
  3. Não existindo nenhuma das opções acima escolha um candidato progressista que tenha uma linha de ação em defesa das liberdades civis e da democracia
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"
Jo 3:16


Homossexualidade não é doença: o reconhecimento oficial

Desde a década de 1970 as grandes instituições nacionais e mundiais da medicina e da psicologia foram, uma após a outra, excluindo a homossexualidade do rol das doenças e distúrbios, depois de perceber que não havia razões sustentáveis para tê-la nesse rol. (Organização Mundial de Saúde, revisão da Classificação Internacional das Doenças, CID-9, em 1985; CID-10 em 1995. Associação Americana de Psiquiatria, 1973; Associação Americana de Psicologia, Associação Americana de Medicina e Academia Americana de Pediatria em inúmeras ocasiões, etc).

Por definição, doença, enfermidade, moléstia ou distúrbio é algo que provoca dor, sofrimento, ou incapacita o indivíduo para funções necessárias ou desejadas. Qualquer análise séria e sem viés termina por concluir que a prática da homossexualidade em si não causa nenhuma dessas coisas:

existem males decorrentes de atividades sexuais inadequadas, como doenças sexualmente transmissíveis ou traumas por abuso sexual na infância, porém esses dizem tanto respeito à atividade heterossexual quanto à homossexual (na verdade ainda mais à heterossexual, por essa ser estatisticamente bem mais freqüente);

determinados sofrimentos psicológicos são usualmente encontrados entre homossexuais, inclusive um índice de suicídio juvenil três vezes superior ao dos heterossexuais, porém esses decorrem todos da rejeição social a que o homossexual se vê submetido, e não da homossexualidade em si.

A homossexualidade é parte inseparável da identidade pessoal
Do testemunho das ciências, ainda é fundamental entender que se chegou a um consenso ? não arbitrário mas conquistado duramente, muitas vezes a contragosto! ? de que via-de-regra a homossexualidade não é uma opção do indivíduo, e sim uma condição intrínseca a ele ? não menos que a cor da pele ou, mais uma vez, o fato de ser canhoto.

Não se pode comparar a homossexualidade, portanto, com algo como a prostituição, na qual, em que pesem todas as injunções sociais e da história pessoal, uma pessoa tem a possibilidade de entrar, permanecer ou sair, sem perda da sua identidade pessoal mais íntima. Já a orientação do desejo amoroso e sexual faz parte da identidade pessoal mais íntima ? tanto segundo a psicologia quanto segundo os depoimentos mais honestos dos próprios homossexuais.

As pessoas realmente homossexuais sentem que jamais poderiam deixar de sê-lo sem mutilar gravemente sua própria essência; sentem que se deixassem de sê-lo deixariam de ser elas mesmas; estariam suprimindo a existência de uma pessoa até a sua raiz mais íntima ? ou seja, estariam cometendo um "suicídio psicológico".
É a isto que os movimentos religiosos de "cura" ou "regeneração" vêm convidando pessoas.

Homossexuais "curados" nunca foram de fato homossexuais
Sem dúvida há relatos de pessoas que se sentiram "curadas" ou "libertas" da homossexualidade por esses movimentos. Além de serem estatisticamente insignificantes diante da população tratada, um estudo caso a caso revelaria que se trata de pessoas estruturalmente heterossexuais que, devido a abusos sexuais ou outras circunstâncias, haviam sido levados a uma vida de prática homossexual com a qual não se sentiam verdadeiramente identificados. ? É compreensível que essas pessoas específicas relatem o processo como positivo, pois o reencontro consigo mesmo é sempre positivo.

Encontraríamos também casos de pessoas bissexuais, uma variação que permite que o desejo se direcione mais ou menos indiferentemente quer a um sexo quer ao outro, de modo que na "cura" tais pessoas apenas fizeram a opção de cultivar exclusivamente uma das frentes já presentes em sua personalidade.

As pessoas efetivamente homossexuais não podem porém ser mudadas. Podem sufocar ou suprimir seu desejo, mas não mudá-lo de fato. Existem hoje grupos e movimentos de "ex-ex-gays" que testificam de sua felicidade a partir do momento em que pararam de lutar contra si mesmos, e da profunda infelicidade dos que ainda lutam contra si mesmos nos movimentos de "cura". ? Note-se que em 11.12.1998 a diretoria da American Psychiatric Association aprovou por unanimidade uma declaração oficial de que as tentativas de "curar" a homossexualidade representam um perigo à saúde psicológica, enquanto que a homossexualidade em si não o representa.

Pecado?
A tese da interdição bíblica: resposta

Porém não é apenas como "doença" que as Igrejas têm rechaçado a homossexualidade. Na verdade elas não o fariam, do mesmo modo como não ousam, hoje, rechaçar um portador de epilepsia, ou de câncer.
Elas rechaçam porque estão convencidas de que a homossexualidade é um pecado (o que as coloca naturalmente na posição paradoxal de considerar que uma doença, da qual o indivíduo é vítima, é ao mesmo tempo um pecado, do qual o mesmo indivíduo é culpado).

A base para considerar a homossexualidade um pecado consiste em seis passagens bíblicas, três do Velho Testamento e três do Novo, nem todas das quais podem ser ligadas com segurança à prática homossexual. Diversos autores têm buscado indicar o significado dessas rejeições ou interdições no seu próprio contexto histórico e cultural, mostrando que podem ser relativizadas do mesmo modo como outras interdições bíblicas hoje o são.

Com que base qualquer autoridade eclesiástica ou qualquer cristão pode declarar que podem ser relativizadas as prescrições quanto ao divórcio, contra o corte de cabelo das mulheres e o da barba entre os homens, contra o consumo de determinados animais, contra o trabalho no dia de descanso ou contra a cobrança de juros, sem falar do "não matarás", e não podem ser relativizadas as que dizem respeito à homossexualidade? A própria Bíblia não aprova o uso de "dois pesos e duas medidas".

Uma leitura ponderada da Bíblia, isto é, que leve em conta o número e a ênfase das menções aos diferentes erros ou pecados, nos faria ver que as prescrições contra a homossexualidade quase desaparecem diante da multidão das condenações ao trabalho no dia de descanso. No entanto, qual é o cristão moderno que se acha disposto a parar de comprar aos domingos (ou sábados, conforme o dia de descanso escolhido), ou a boicotar os estabelecimentos que não o respeitam? E qual o cristão que se encontra disposto a abrir mão do recebimento de juros, já que a Bíblia diz que até mesmo o pai de um filho que aceite receber juros morrerá por isso? (Ezequiel 18:10-13).

Ninguém, portanto, pode se sentir obrigado a cumprir uma parte da Bíblia por determinação de pessoas que não cumprem outras partes. Ou reconhecemos que todos (inclusive os homossexuais) podemos ser cristãos apesar desses descumprimentos, ou reconhecemos que nenhum de nós o é. O que fugir disso é injustiça e falsidade.

A tese da opressão demoníaca: resposta
Algumas Igrejas pentecostais, além disso, atribuem a homossexualidade a uma possessão ou opressão demoníaca, ou seja: a seres espirituais maléficos que invadem o indivíduo, e que podem portanto ser expulsos, deixando o indivíduo em um suposto "estado natural heterossexual."

A imensa maioria dos depoimentos pessoais nega porém essa interpretação, pois em outros casos onde se pode falar de possessão a pessoa efetivamente sente que há uma vontade estranha dentro do seu ser, um mal que não pertence à sua essência.

Já no caso das pessoas realmente homossexuais, com freqüência o amor e desejo por outra pessoa do mesmo sexo são sentidos como vindo do ponto mais íntimo e profundo do ser, o mesmo ponto de onde vêm todas as sensações do mais alto, mais nobre e sublime, justamente o ponto onde a pessoa mais sente o gozo de ser ela mesma e a alegria de estar livre ou liberta.

A tentativa de expulsar o foco do sentimento homossexual é sentida como um ataque à própria essência da pessoa ? e o momento em que ela aceita esse foco como bom e aceitável aos olhos de Deus é que é sentido como de libertação e intenso gozo espiritual.

Em todo mundo crescem os depoimentos de pessoas que buscaram a Deus durante anos e anos com esforços sinceros para transformar a sua homossexualidade, até que sentiram inequivocamente a Palavra viva do Senhor dizer-lhes em seu mais íntimo: "Eu te fiz assim porque Eu te quero assim. Tentar modificar-se é uma blasfêmia contra a perfeição da minha obra e uma rebelião contra minha vontade. Eu te fiz assim porque Eu te quero assim."

O que as igrejas são chamadas a fazer

Deus concede a cada pessoa a liberdade de, se quiser, se auto-excluir de Seu Amor pela sua forma de agir voluntária, porém proclama que Ele mesmo não deseja excluir a ninguém, e mais: que efetivamente não exclui a ninguém em razão do seu modo-de-ser.

Cabe às Igrejas aceitarem dentro de si, do modo que são, todos os homens e mulheres homossexuais que desejem fazer um uso responsável e amoroso da sua sexualidade: aceitar aberta e oficialmente a esses homens e mulheres e a seus companheiros ou companheiras como parte honrada e digna do Corpo de Cristo.

As Igrejas que não o fizerem estarão tentando excluir do Amor de Cristo não menos que 400.000.000 (quatrocentos milhões) de homens e mulheres simplesmente por serem como são, sem que isso tenha sida uma escolha voluntária; estarão portanto exercendo um papel de julgamento ou pré-julgamento que não foi delegado por Deus a nenhum ser humano.

Tais Igrejas não estarão pecando menos gravemente que aquelas que rejeitarem alguma pessoa pela cor de sua pele. Não foi para rejeitá-los que Deus criou esses quatrocentos milhões de homens e mulheres que não mudarão sua orientação sexual ? muitos dentre eles dos mais dedicados às obras de amor e bondade, e portadores em seus corações da mais legítima fé no Senhor.

Cabe às Igrejas orientar os seus fiéis para respeitarem a dignidade de todas as pessoas, na imensa variedade com que Deus as fez, incluindo aí expressamente o direito dos homossexuais de serem como são ? com destaque para as crianças e jovens, tanto na posição de quem deve respeitar quanto na de quem deve ser respeitado.

As Igrejas que não o fizerem estarão se fazendo coniventes com uma indescritível carga de sofrimento e opressão, cúmplices das violências psicológicas e muitas vezes físicas que são cometidas diariamente contra os homossexuais, até o assassinato, e envolvidas na culpa por um imenso número de suicídios de jovens que não conseguiram suportar a carga de desprezo e rejeição dirigida ao seu próprio ser.

Estarão, enfim, dizendo como a multidão a Pilatos: "que o seu sangue caia sobre nós e os nossos filhos".
Este manifesto não trata, portanto, do mero interesse de uma minoria, e sim de uma questão de não menos gravidade que as famosas teses de Lutero para a Cristandade inteira:

Os erros do passado podem ser creditados à conta da ignorância, e encarados sob o prisma do perdão; agora, porém, que a humanidade recebeu compreensão e consciência desses fatos, qualquer discriminação deixou de ser desculpável a qualquer título.

As Igrejas que se recusarem à aceitação plena dos homossexuais estarão se mostrando indignas do Amor e do Nome de Jesus Cristo, e não devem mais ter reconhecida nenhuma autoridade para falar em Seu Nome.
O verdadeiro Amor de Deus exige que nós seres humanos abramos mão do poder de excluir, que é arrogar-se o direito de julgar em Seu lugar quanto à salvação, e coloca esta questão como uma linha divisória na História da Cristandade no raiar do seu terceiro milênio. Quem tem ouvidos, ouça.

"Para os puros, todas as coisas são puras; mas para os impuros e descrentes, nada é puro. De fato, tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. Eles afirmam conhecer a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra." Tito 1:15,16

"Para os puros, todas as coisas são puras..."

Isto lembra-me as crianças... a sua inocência leva a crer que tudo é bom e que não há maldade nenhuma em nada... Cristo mesmo falou que devemos de ser como as crianças...

"...mas para os impuros e descrentes, nada é puro."

Quem são estes descrentes que são impuros? Nos versículos anteriores, entendemos que são os da circuncisão, ou seja, os que ainda vivem na lei, nos mandamentos e que acreditam que sem a circuncisão não é possível ser crente ou salvo ou 'puro'. Mas são eles que são impuros e descrentes que não é mais necessário ser circunciso para alcançar o reino de Deus ou pertencer à geração eleita e ao sacerdócio real. Na verdade, para os da circuncisão ou para os da lei... se formos a ver com calma, nada é na verdade puro. Tudo o que fizeres que não seja muito cristão... até se levantares um copo de àgua na mesa de uma forma menos própria, já pode ser considerado impuro e pouco cristão...

"De fato, tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas."

Mas o que é isto de consiéncia corrompida?! No meu entender, não é mais do que uma consciência falsa e não-verdadeira... uma consciência que reage de formas erradas. É como por exemplo sentir-se super-culpado por ter levantado aquele copo de uma forma menos própria e ter que jejuar por muitos dias para conseguir alguma purificação na consciência. Por muito tempo pensei que eu, por me aceitar como gay, seria parte deste grupo que fala de 'consciéncias corrompidas', ou 'consciências cauterizadas', mas como está escrito em 1 timóteo 4:1-5

"O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos são provenientes de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que crêem e conhecem a verdade. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração."



Repito o que a escritura falou... mas pensem agora nos gays e nas igrejas que pregam contra:

"Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração."

Ou seja: a cura para o homossexualismo é alcançada pela palavra de Deus e pela oração. Amén! Afinal, quem tem que orar não somos nós mas eles para que nos santifiquem nas suas consciências...

"Eles afirmam conhecer a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra."

Agora, como é claro ver como conhecemos um montão de gente nestes versículos... pessoas que conhecemos bem demais para alguma vez pensar isso delas... mas infelizmente é isso que acontece nos dias de hoje...

- Não sou eu que proíbo o casamento...
- Não sou eu que proíbo comer carne ou peixe...

Mas sim, sou eu que creio que tudo é puro para aqueles que crêm que Deus os aceitam assim, tendo uma consiência limpa perante Deus.
Hebreus 9:24-28

"Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor; não, porém, para se oferecer repetidas vezes à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio. Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo, mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e, depois disso, enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam."

Cristo voltará não para tirar pecado, mas para trazer salvação aos que O aguardam. Amém!

Que possamos esperar a vinda d'Ele, crendo que tudo foi pago na cruz e que cada pecado que cometemos já está pago na cruz e aqueles que haveremos de cometer voluntariamente ou involintariamente, já estão pagos na cruz... Cristo fez tudo de uma só vez. Está feito! Agora, apenas temos de crer n'Ele, adorá-Lo, amá-Lo, e esperá-Lo. Se Cristo voltar no dia que estiveres cometido um pecado, serás salvo na mesma! Esse pecado já foi pago na cruz e não invalida a fé que tens em Cristo. Ao contrário do que me foi dito que se Cristo voltar e estiveres em pecado que não serias salvo... isso é patetice de quem quer circuncisão acima da fé...

Se queres invalidar a tua salvação, não precisas pecar todos os dias... isso não invalida a tua salvação... o que REALMENTE invalida a tua salvação, é deixar de crer em Cristo: que ele veio ao mundo e ressuscitou e que é o teu Senhor... Mas isso é impossível acontecer!!! Por muito que tentes!!! Ou não faria sentido ser salvo, obter a vida eterna e perder a vida ETERNA no dia seguinte... Se é ETERNA, não termina mais, certo?!

por Vasco Horta
Londres

quarta-feira, 4 de agosto de 2004



O Conselho Regional de Psicologia acaba de dar entrada no processo contra a sicóloga evangélica e homofóba Rozângela Alves Justino, que tem pregado o tratamento de cura a homossexuais além de fundar uma organização com este fim.

A mensagem diz: "O Conselho Regional de Psicologia - CRP-05 em face às manifestações e com respeito à participação da Psicóloga Rozângela Alves Justino - CRP05/4917 no programa Superpop da RedeTV, deu entrada, no dia 14 de maio de 2004, à representação ex-ofício contra a referida psicóloga, a fim de apurar possível infração à legislação vigente que disciplina o exercício profissional do Psicólogo", diz a nota assinada por Analice Palombini.

O conselho pede ainda que quem tenha gravado o referido programa entre em contato para anexar a fita às provas do processo.

Então, vamos fazer a nossa parte!

Contatos:
etica@crprj.org.br ou pelo tel.: (21)2234-1022 ramal
237 com Zarlete

terça-feira, 3 de agosto de 2004

"NÃO HÁ JUDEU NEM GREGO; NÃO HÁ ESCRAVO NEM LIVRE; NÃO HÁ HOMEM NEM MULHER; PORQUE TODOS VOIS SOIS UM EM CRISTO JESUS." (Gal. 3:28)

Não existe ninguém neste mundo que possa nos separar deste amor incondicional que nos foi dado através da Graça de Deus, nem existem condições impostas para aqueles que desejam um relacionamento de perto com Jesus. As barreiras caíram todas, para Deus nenhuma diferença humana importa, todos nós somos iguais, conforme o texto acima diz.

O que vemos hoje é completamente o contrário do que Deus queria de nós, seres humanos, a começar pela própria igreja que separa e discrimina aqueles a quem elas julgam não serem "iguais". Que "igualdade" seria esta aos olhos de Deus? "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio..." (Ef. 2:14). A parede de separação, lamentavelmente, ainda não foi derrubada pela igreja, e as pessoas vivem sentadas nos bancos das igrejas e acham que este lugar lhes foi dado por Deus para terem a autoridade de julgar os que não são "iguais" e os que não estão de acordo com seus perfis de "perfeição". Ah, como Jesus deve estar chorando ao ver essas injustiças acontecendo, pessoas que dizem que conhecem a Bíblia, mas nem sequer sabe do que se trata a Graça e o Amor de Jesus, que é incondicional e para todos, sem exceção, pois Ele amou e sofreu com os mais necessitados, os menos favorecidos, os carentes e os injustiçados.

A igreja deveria ser um lugar de oração, renovação, um lugar onde todos pudessem recarregar as baterias e buscar forças para seguir em frente, um lugar onde todos pudessem ser um, mas isso é uma utopia, infelizmente. Poderíamos ser mais felizes se apenas amassemos uns aos outros sem distinção de credo, cor, sexo, mas isso também é uma utopia.

Todos os homens e mulheres foram criados através do amor de Deus, todos de igual forma, alguns são pobres, outros ricos, alguns negros e outros brancos, alguns tem olhos azuis e outros castanhos, alguns são heteros outros homossexuais, mas para Deus todos somos um. Esses títulos e perfis pouco importa para Deus, isso é criação do homem! Isso é descrição humana e não divina, o que interessa para Deus é um coração limpo e uma alma que deseja um contato com Ele.

por Daniela Zacconi