quarta-feira, 1 de setembro de 2004

MEDITAÇÃO NA PALAVRA
Abraçando a comunidade GLBT

Entre 4 Paredes (Espirituais)
"Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" ( Jo. 21: 23c)

Penso que todas as pessoas que conheço, salvo, talvez, raríssimas exceções, querem ser bem tratadas, mas há uma boa fatia da população que acha que merece ser tratada de uma forma melhor do que as outras pessoas e, literalmente, se sente lesada com a alegria alheia. Este sentimento dipara quando observa os outros conquistando empregos mais bem remunerados, passando em concursos públicos cobiçados, adquirindo um imóvel ou veículo melhor, ou ainda, pasmem, quando se incomoda pelo fato de que outros possam estar desfrutando e mantendo um relacionamento afetivo, sadio e estável. Se este relacionamento for homossexual então, nem se fala!

A amargura de uma vida de inveja do sucesso de outrem, abre brecha profunda na alma das pessoas, afastando-as do verdadeiro propósito de Deus para suas vidas: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo.


Quando medito neste assunto, gosto de me reportar ao texto que se encontra em João 21: 15 -23


Pedro estava numa "saia justa". Havia negado conhecer a Jesus e ser um de seus
discípulos. Foi covarde, mas amava ao Senhor. Precisou repetir isto 3 vezes ao
andar com Jesus às margens do mar da Galiléia. Jesus o moldou. Deu-lhe impulso e fôlego novo. Falou de seu futuro ministério, das dores, sofrimento e de sua
morte. Pedro, quebrantado foi transformado pelo amor. Não tornaria a negar a
Jesus. Não muito atrás dos dois, seguia João. Como sempre, atraído a Jesus. Não
havia a intenção de ouvir a conversa particular de Jesus e Pedro. Queria sim,
estar perto do Senhor. Pedro entendeu o que lhe reservava o futuro e a dureza da
tarefa que lhe estava sendo proposta, aceitando-a com humildade. Apesar disso,
sua primeira reação foi perguntar o que aconteceria com João!

Como é natural do ser humano, esperamos que o outro sempre experimente o mesmo grau de dificuldade que experimentamos. Queremos ser tratados com a igualdade que consideramos como sendo justa. Jesus responde (parafraseando...):

- Pedro, como eu trato João ou qualquer outra pessoa, não é da sua conta. É pessoal, assim como o julgamento de cada um será pessoal. Você não precisa se preocupar com isso. Faça a sua parte.

O julgamento de cada pessoa na face da terra é questão de foro íntimo do Senhor. Deus sabe exatamente quanto vale o "trabalho" (como se vive) de cada um. Que aflições, dificuldades mental e/ou psíquica com as quais tem que conviver; abusos aos quais foi, ou é submetido(a); ambiente em que foi gerado(a) e criado(a) e, ainda, os usos e costumes da cultura nos quais está inserido(a).

A história de vida de cada um é de cada um!

Portanto amados, não podemos viver a comunhão do outro com Deus, pois ela é pessoal. O nosso investimento deve estar direcionado para o aprimoramento da nossa relação pessoal com Ele. O que importa é procurar estarmos atentos naquilo que Deus fala e espera que realizemos.

Como Deus lida com o outro, não é a forma com a qual Deus lida e lidará comigo ou com você. Ele nos ama. Deu a Jesus por nós, então, não nos dará com Ele (Cristo) graciosamente todas as coisas?

Recebam minhas orações, amor e carinho,

Pra. Susan Hodge
suehodge@uol.com.br

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